BREVE HISTÓRICO
Inicialmente, o termo autismo foi implantado por Bleurer (1960) ligado à
sintomatologia abrangente que ele havia estabelecido para unificar, através da
esquizofrenia, o campo das psicoses. Nesse contexto, o autismo era chamado de
dissociação psíquica se referindo ao predomínio da emoção sobre a percepção da
realidade.
Em 1943, Leo Kanner define os distúrbios do contacto afetivo como um autismo
extremo, tendo como características a obsessividade, as estereotipias e a ecolalia. Neste
momento, o autismo é relacionado a fenômenos esquizofrênicos, apresentando como
sinal um alheamento extremo já no início da vida (antes dos três anos de idade), uma vez
que não há respostas aos estímulos externos, vivendo fora do mundo e mantendo relação
inteligente com os objetos, porém sem apresentar alteração em seu isolamento.
Gilberg, em 1990, considera o autismo uma síndrome comportamental com
etiologias múltiplas, com distúrbio no curso do desenvolvimento e caracterizado por um
déficit na interação social, visualizado pela inabilidade em relacionar-se com o outro,
usualmente combinado com déficits de linguagem e alteração de comportamento. Atualmente, a definição utilizada está nas classificações internacionais, CID.10 e
DSM.IV, que enquadram o autismo na categoria Transtornos Invasivos do
Desenvolvimento 10, caracterizados por anormalidades qualitativas na interação social
recíproca e nos padrões de comunicação e por repertório de interesses e atividades
restritas, repetitivas e estereotipadas.
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